• Acusado de matar policial militar em Campinas é preso em Sebastião Laranjeiras

    26/01/2014 - 00:00


    POLICIAL

    Um dos suspeitos pelo assassinato do policial militar de Campinas (SP) Arides Luiz dos Santos, de 44 anos, foi preso na noite de quinta-feira (23) em uma comunidade rural entre os municípios de Espinosa (MG) e Sebastião Laranjeiras (BA). A ação ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária e o jovem, de 22 anos, é apontado como responsável pelo crime que teria motivado a série de 12 mortes, sendo duas chacinas, no interior paulista.

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    Segundo a polícia, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas obteve informações de que o suspeito teria parentes na área onde foi encontrado e, com isso, equipes de policiais do interior paulista e da cidade de Espinosa iniciaram uma operação que durou mais de 24 horas até a prisão.

    Segundo a Polícia Civil de Minas, após ser rendido, o jovem prestou depoimento na delegacia da cidade mineira e, nesta sexta, seguiu para Montes Claros de onde embarcaria na companhia de investigadores para Campinas. Ainda não se sabe quando e para que cadeia ele será encaminhado. No fim da tarde, o diretor do Deinter-2 confirmou, por meio da secretaria da Secretaria de estado da Segurança Pública, a prisão do suspeito, mas disse que só dará detalhes do caso na próxima semana.

    Investigação das chacinas

    Uma das linhas de investigação da Polícia Civil para a sequência de 12 assassinatos entre a noite de 12 de janeiro e a madrugada do dia seguinte, em um período de cinco horas, em Campinas, é que os homicídios foram para vingar a morte de Santos – baleado durante uma tentativa de roubo a um posto de combustíveis, na região do Ouro Verde. Por conta disso, não é descartada a participação de policiais militares na série de homicídios.

    Desde o início das apurações, pelo menos 47 testemunhas foram ouvidas no Setor de Homicídios de Campinas, entre elas, ao menos nove PMs. Os delegados que apuram o caso foram proibidos pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo de fornecer informações à imprensa sobre o caso. Segundo a pasta, todas as atualizações seriam concentradas na assessoria de comunicação que, nesta sexta-feira, não respondeu aos questionamentos do G1.

    Perícia em armas

    Os depoimentos prestados por 31 integrantes do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep), à Corregedoria da PM, também serão considerados nas apurações. Os policiais entregaram à corporação 31 pistolas 380  de uso particular para perícia, que será feita no Instituto de Criminalística da capital paulista. As armas têm o mesmo calibre das usadas na série de homicídios. Nos locais das chacinas, também foram achados projéteis de pistolas 9 milímetros.

    Série de mortes

    As mortes ocorreram em um período de cinco horas, entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira. A primeira foi às 20h30, no Residencial Cosmos. A oito quilômetros de distância, às 23h20, quatro pessoas foram mortas na primeira chacina, no bairro Recanto do Sol, uma delas menor de idade. Dez minutos depois, mais uma morte, agora no Parque Universitário. Às 23h40, o grupo fez cinco vítimas em um único bairro, na segunda chacina da série, no Vida Nova. A última morte aconteceu, a 3,5 km dali, a 1h48 da madrugada no Jardim Vista Alegre.

    Por: G1

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