• ACM Neto diz que não vai reencarnar carlismo

    30/10/2012 - 00:00


    POLÍTICA

    Logo que o TRE da Bahia fechou a conta da eleição de Salvador, o prefeito eleito ACM Neto foi ao seu comitê de campanha. Foi recepcionado por partidários que entoavam um coro: “Ô, ACM voltou.” Ao discursar, o novo prefeito rendeu homenagens ao avô: “O grito das pessoas é um grito que emociona, claro. Eu fiz questão ontem de homenagear o senador Antônio Carlos Magalhães, porque essa é uma vitória que também, eu tenho certeza, homenageia ele.”

    Deu-se, então, o previsível. O triunfo de ACM Neto foi pendurado nas manchetes como uma espécie de renascimento do ‘carlismo’, com tudo o que o termo carrega de negativo. Nesta segunda (39), o neto apressou-se em tomar distância do estigma que acompanha a fama do avô, morto em 2007.

    “É uma pergunta natural. Agora, essa insistência da imprensa em discutir a volta do carlismo, eu quero dizer claramente o seguinte: sempre tive orgulho da minha história, do meu passado, do senador ACM, que continua sendo uma pessoa muito presente no coração dos baianos.” Porém…

    “ [...] Nós estamos em 2012. Não há de se falar em retorno do carlismo. Eu não quero e não vou fazer um governo personalista, eu quero fazer um governo plural, eu quero fazer um governo com todos. Pela primeira vez eu vou ter a oportunidade inclusive de afastar uma série de desconfianças, quebrar uma série de paradigmas.”

    Como assim? “Eu não vou fazer um governo que vá buscar perseguir ninguém, não existe isso, pelo contrário, quero fazer um governo plural, pensando no futuro da cidade. E ponto final.”

    ACM Neto traz enganchado em sua coligação algo que já o distingue do avô. No segundo turno, incorporou-se à caravana do DEM na capital baiana o PMDB de Geddel Vieira Lima, um arquirival do velho ACM na política baiana.

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