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No início da tarde desta segunda-feira, 16, um tumulto deixou os professores que estão acampados no prédio da Assembleia Lesgislativa da Bahia (AL-BA) em alerta. O presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PDT), pediu reforço policial para que os manifestantes, que estão acampados no local desde o mês de abril, fossem retirados do estacionamento do prédio até as 17h de hoje.

Através de um coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje em seu gabinete, Nilo afirmou que os manifestantes tem até as 17h para deixar o prédio. Caso os professores insistam em continuar a ocupação, o presidente afirmou que irá solicitar o corte de água e energia elétrica do Saguão Nestor Duarte.

Ainda de acordo com o presidente da Alba, os representantes do sindicato foram procurados para uma possível negociação de desocupação, mas não atenderam telefonemas feitos por Nilo, informação que não é confirmada pelo coordenador-geral do sindicato dos professores, Rui Oliveira. Ele afirma que não recebeu nenhuma ligação do presidente ou de qualquer membro da assembleia.

Ainda segundo o líder dos professores grevistas, que define a decisão de desocupação como “equivocada”, os professores não vão deixar o local. “Nós estamos acampados em um lugar que não atrapalha o funcionamento da assembleia, é um verdadeiro absurdo essa ordem de retirada”, afirma Rui.

Ainda na tarde de hoje, os manifestantes vão realizar uma nova assembleia para decidir os rumos da greve. Mais de um milhão de alunos da rede estadual de ensino estão sem aulas. Parte do calendário letivo só está sendo cumprido para alunos do 3º ano do ensino médio, que voltaram às salas de aula desde o dia 25 de junho.