• Greve: Governo suspende Credicesta e Planserv de professores estaduais

    03/05/2012 - 00:00


    Estado

    Os professores estaduais decidiram manter a greve da categoria que já dura 22 dias e está radicalizada, sem diálogo da APLB/Sindicato. Enquanto durou a sessão da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 2, até que o deputado Sildevan Nóbrega pediu a verificação de quórum e a derrubou, o líder da oposição deputado Paulo Azi (DEM) disse em plenário que o governo age de forma "truculenta e autoritária" com os profissionais de educação.

    Segundo Azi, o governador Wagner esqueceu "tudo aquilo que praticou quando era militante politico e toma medidas violentas como o corte dos salários e suspende o credicesta e o Planserv, numa atitude até desumana, situação nunca vista na Bahia", frisou. E, ainda de acordo com Azi, "suspendeu até o pagamento de salários de alguns professores aposentados e de profissionais da educação à disposição de outros órgãos estatais.

    Para o líder da Maioria, deputado Zé Neto (PT), que conversou com o BJÁ a greve dos professores está sem saída. Entende Zé Neto que vale o PL que foi aprovado pela Assembleia Legislativa e o estado não tem condições financeiras de ampliar os salários como quer os sindicalistas da APLB. Neto não quis adiantar possíveis diáologos com a categoria e do restaurante da Assembleia não compareceu ao plenário.

    FEIRA DE FRUTAS 

    Com frutas e verduras doadas por feirantes da capital baiana, os professores que estão em greve pela rede estadual de educação desde o dia 11 de abril prometem realizar uma feira de alimentos em plena Praça da Piedade (região central da cidade), na manhã desta quinta-feira, 3. 

    Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, mais do que mobilizar o governo e a população quanto às reivindicações da categoria, o movimento chamado de Feira da Sobrevivência espera arrecadar recursos para ajudar os professores, já que muitos deles já estariam sem dinheiro para comprar os itens domiciliares básicos.

    "O governo não apresenta critérios nem nos cortes. Em uma mesma escola, percebemos que alguns professores receberam metade do salário, outros um terço e alguns, nada. Fora que itens importantes, como auxílio maternidade, por exemplo, estão suspensos", argumentou. 

    Uma nova assembleia dos professores está marcada para a próxima segunda-feira, 7, no mesmo local. Nesta quarta, a paralisação da categoria completa 22 dias.

    Ilegalidade - Conforme anunciado pela Secretaria de Educação do Estado, no último dia 18 de abril, os professores da rede estadual de ensino, que decidiram pela manutenção da greve, sofreram cortes de ponto por conta dos dias de paralisação.

    Os cortes incluem todo o período da greve, contando com a data de início da greve. A medida cumpre uma decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade do movimento. 

    Os professores reivindicam 22,22%  de reajuste e não aceitam o parcelamento do aumento até abril de 2013. Sem acordo, o impasse continua entre o governo e os cerca de 40 mil educadores. A paralisação deixa 1,5 milhão de alunos sem aula em todo o Estado.



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