• Geddel era apelidado de “Boca de Jacaré” porque amava uma propina, diz coluna

    Foto: André Dusek | Estadão Conteúdo Foto: André Dusek | Estadão Conteúdo
    18/02/2017 - 09:52


    POLÍTICA

    O ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Geddel Vieira Lima (PMDB), alvo de apurações no caso La Vue e de outras supostas irregularidades entre 2011 e 2013, durante a gestão de vice-presidente de Pessoa Jurídica na Caixa Econômica Federal, é chamado de ‘Jacaré’ pelos investigadores da Polícia Federal, segundo a coluna Painel do jornal Folha de São Paulo deste sábado (18/02). O codinome utilizado pelos agentes que atuam nos inquéritos se deve ao vazamento de mensagens trocadas sobre o político baiano entre o empresário Lúcio Funaro, preso pela Lava Jato, e o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, delator da operação. Em um dos trechos, Cleto reclamava ter recebido “umas 30” ligações do baiano, que estaria “louco atrás” do negócio. Ele ainda foi chamado de “boca de jacaré para receber e carneirinho para trabalhar” por Funaro, que, à época, recomendou ao então gestor da Caixa: “Segura essa m… Ele quer f… tudo que não participa. É um porco”. Esse é o primeiro indício da atuação de Geddel dentro do FI-FGTS, uma das novas frentes da Lava Jato que faz uma devassa nos aportes multibilionários bancados pela Caixa Econômica. Geddel já admitiu publicamente que se encontrava com Funaro, mas disse que eram encontros de cortesia. Funaro, por sua vez, é acusado de ser o operador financeiro dos desvios de dinheiro do FI-FGTS, feudo controlado pelo PMDB e que envolve megaempresas, como Odebrecht e a Eldorado Celulose, empresa do grupo que controla marcas como JBS e Friboi. Para a PGR, havia pressão política para liberar investimentos para empresas do esquema, em troca de propina.

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