• Soltura de 217 mil alevinos pela Codevasf em 2016 fortaleceu piscicultura familiar no semiárido baiano

    Foto: Divulgação | Codevasf Foto: Divulgação | Codevasf
    25/12/2016 - 13:32


    BAHIA

    A piscicultura familiar e artesanal praticada por famílias da região do Submédio São Francisco baiano contou este ano com o reforço de 217 mil alevinos fornecidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) de acordo com o balanço feito pela 2ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Bem Jesus da Lapa. A ação de inclusão produtiva no semiárido da Bahia tem parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e visa oferecer alternativa de trabalho e renda às comunidades rurais que convivem com a seca prolongada. Foram beneficiadas, em 2016, 434 famílias de 47 comunidades nos municípios de Caetité, Guanambi, Ibotirama, Matinha, Paratinga, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória, Serra do Ramalho e Sítio do Mato. Somente neste mês de dezembro foram fornecidos 50 mil alevinos, sendo 13 mil para comunidades rurais de Ibotirama e 37 mil para Riacho de Santana, Serra do Ramalho e Sítio do Mato. Os alevinos foram produzidos na estação da Bahia Pesca, vinculada à Seagri e situada no distrito de Porto Novo, município de Santana. 

    Foto: Divulgação | Codevasf
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    O cadastramento das associações beneficiadas, a avaliação dos locais e a logística, entre outras ações, ficam a cargo da equipe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Bom Jesus da Lapa. “A ação fortalece nosso trabalho e melhora a produção de peixe aqui da região. É a terceira vez que a gente faz o repovoamento, e todas com o apoio da Codevasf. É sempre bem vindo, por ser mais uma possibilidade de geração de renda para nossos associados”, afirma Lucimar Almeida, presidente da Associação dos Produtores Rurais de Terra do Arroz e Adjacências, do município de Riacho de Santana, entidade que conta com cerca de 70 famílias associadas. Povoamento de tanques-rede: Do total de 50 mil alevinos entregues em dezembro, 35 mil foram destinados ao povoamento de tanques-rede implantados pela Codevasf em benefício das famílias de produtores. Os tanques-rede nos quais a comunidade de Jenipapo hoje pratica a piscicultura estão instalados no Rio Corrente, em Serra do Ramalho. 

    Foto: Divulgação | Codevasf
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    O restante dos alevinos, 15 mil, foi depositado em cinco barreiros construídos pela Federação das Associações de Terra do Arroz em Riacho de Santana. Eles constituem uma nova alternativa de produção de pescado para essas comunidades, que já criavam peixes em tanques escavados. “A criação de peixes em tanques-rede possui vantagens como a troca completa de água por meio do sistema de renovação contínua, o que remove os metabólitos e fornece oxigênio aos peixes; a maior facilidade de retirada dos peixes para a venda (despesca); a facilidade de movimentação e recolocação dos peixes; a intensificação da produção; a otimização do uso da ração que melhora a conversão alimentar; além da facilidade de observação dos peixes, melhorando o manejo e propiciando alta produtividade”, ensina Isabel Denis, técnica da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf na 2ª Superintendência Regional. Desde 2014, a Codevasf contabiliza 827 mil alevinos de tambaqui, tambacu e tilápia, soltos em lagoas, tanques-rede e viveiros escavados de 15 municípios do Submédio São Francisco baiano. O objetivo é fortalecer a pesca artesanal e a piscicultura na região, gerando renda e fonte de alimentação para as populações ribeirinhas. A ação beneficia 1.725 famílias de 158 localidades.

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