• A quem interessa essa crise institucional?

    Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil
    Por Luís Lemos

    01/09/2016 - 15:05


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    O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa foi um verdadeiro precursor do processo de criminalização no cenário político que vige hoje, fazendo uma devassa no Congresso com o célebre mensalão e descortinando a corrupção promovida também pelos empresários interessados em verem seus projetos aprovados. Joaquim Barbosa foi sim um José do Patrocínio, como primeiro negro indicado pelo governo ao STF, onde ele arrebatou o que havia de criminoso no processo político, mesmo sem este ainda ter terminado. Este mesmo Joaquim Barbosa descreveu, na quarta-feira (31), como "patético espetáculo" o "impeachment tabajara" de Dilma Rousseff. As declarações mostram que o Brasil pode estar caminhando para uma crise institucional sem previsão de consequências. Se confirmados futuros processos que hoje dizem fazer parte da montagem desse escândalo, melhor seria abrir as portas das cadeias do país, porque talvez esses presos de tostão sejam menos perigosos do que esses que fizeram com que o país tenha 19% de desempregados, vários estados atrasando pagamentos de seus servidores, e a maior empresa do mundo em petróleo, em termos de investimentos e prospecção, destruída. E agora tentam liquida-la como produto de feira livre, nem mais como um produto de mercado que eles tanto defendem. Ao ser passado a limpo, o resultado é que o país parece mais um mata-borrão.

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