• Água de poço em Lagoa Real está contaminada com urânio; local deveria ter sido lacrado há 3 meses

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    15/08/2015 - 06:26


    REGIÃO

    Segundo dados do Movimento Articulação Antinuclear Brasileira Pela primeira vez, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) admitem acontaminação da água em Lagoa Real, município limítrofe com Maniaçu, distrito de Caetité, no entanto, nenhum órgão competente tomou providências para proteger as populações da região. Ainda segundo o movimento, um poço localizado na Comunidade de Varginha, em Lagoa Real, encontra-se contaminado, inclusive, o prefeito Francisco José Cardoso de Freitas já teria emitido nota informando que o poço seria “ fechado por ser considerado impróprio para o consumo humano, baseado no boletim de análise feita pela INB” , mas o poço continua aberto. A comunidade solicitou ainda, a análise independente da água de mais três poços onde há suspeita de água contaminada, mas nada foi feito. A denúncia foi feita pelo representante da Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, Gilmar Santos, durante o seminário que discutiu, no dia 07 de agosto, em Angra dos Reis (RJ), os impactos e prejuízos do Programa Nuclear Brasileiro. Em Caetité, porém, a INB espalhou um boletim em julho, onde afirma que “as águas dos poços apresentam nível de radiação seguro para consumo”, contudo, sem mencionar  à contaminação do poço de Lagoa Real. Ainda de acordo Movimento Articulação Antinuclear Brasileira a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), tem registrado crimes ambientais e caracteriza os relatórios de monitoração ambiental da INB de ‘incompletos, inconsistentes e inócuos’. Técnicos do IBAMA apontam falhas graves na base do Programa Nuclear Brasileiro, como a falta de manual para situações de emergências e procedimentos gerais de segurança, saúde e meio ambiente e a não correção de várias irregularidades determinadas em diversas ocasiões.

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